terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Entrelinhas;

Entre 1 e 2 há uma infinidade de números. Assim como há uma infinidade de pensamentos entre minhas poucas palavras ditas.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Meu filme;


Sonhos devem ser desfrutados com cautela, pois há sempre o perigo de acabarem antes do fim. Como aqueles filmes que a gente vê e acabam de repente, deixando todo mundo com aquela pontada de raiva: "sim, mas e depois?". E você fica horas a imaginar mil e um diferentes finais: tristes, alegres, violentos, românticos, por vezes tão grandes que dariam um outro filme. Assim também acontece com os sonhos. Você acorda e imagina como ele poderia ter acabado, tenta dormir novamente para que ele continue e morre de raiva quando, de repente, já está sonhando com qualquer outra coisa. Era tão mágico, tão perfeito, tão impossível de acontecer com você... porque o telefone tocou bem naquela hora? Porque sua mãe lhe acordou num momento tão importante? Porque a noite passou tão rápido? Porque estava amanhecendo? Seria tão bom se fosse verdade. Emendar sonhos é difícil; ainda mais complicado é tentar torná-los realidade... Ao menos no meu filme nós acabamos juntos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Pacto pela vida... de quem?

Deparei-me com a frase-título desse post pichada em um muro qualquer da cidade do Recife. A frase, ironizando o slogan do Plano Estadual de Segurança Pública, me fez pensar. Pense um pouco você também.

Armário;

(... continuando)

Abriu a porta do armário como quem não queria nada. Remexeu as roupas como se quisesse algo. Triste sentiu-se ao ver que não seria em um lugar de coisas que iria encontrar uma pessoa. Puxou de lá, no entanto, coisas que a ele pertenciam. Uma calça surrada, uma blusa de cheiro familiar, o cheiro com o qual acordara no nariz... ou talvez apenas no pensamento. Tinha de sair, mas nenhuma outra roupa lhe transmitia conforto. Pior, receava que nenhuma das outras lhe serviria. Vestiu a calça que lhe ia até os joelhos, e a blusa, que de tão grande a gola, deixava à mostra uma parte do seio. Julgou-a perfeita. Voltou à cama tão cansada quanto saíra. Ficaria mais um dia ali junto do copo, do coração, da coberta azul, do azul da camisa, do cheiro... Dormiu novamente como quem queria tudo.
FIM
obs: Passei um bom tempo te devendo esse post, deculpa.