quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Copo;

Acordara com a impressão de ter sentido o cheiro dele em algum lugar, devia ter sido apenas uma impressão realmente. Já fazia semanas que ele não punha os pés naquele quarto. Retirou de cima de si o cobertor branco com bolinhas azuis, que remetia a ele por conta da cor menos dominante. Azul. Como a maioria das blusas dele. Prometeu a si mesma trocar as roupas de cama assim que pudesse. Levantou-se, e com passos arrastados pela saudade (misto de esperança e saudosismo) que ainda sentia, foi até a cozinha. Retirou da geladeira a jarra de água, cujo conteúdo despejou displicentemente dentro do copo. Ao colocar a jarra de volta, fechou a porta do eletrodoméstico e fitou o copo. Aquilo não era surpresa, enchera-o com exatamente a mesma quantidade de que ele gostava “- não enche tudo, não, linda.” Sim, meio cheio era de como ele gostava. Não entendia, no entanto, como agora, mesmo enchendo-o com a mesma quantidade, lhe parecia que o copo estava tão... Meio vazio.

(Continua...)

Um comentário:

Anônimo disse...

ok nathi... acompanharei a história para que ela seja meu mais novo curta... hehehee. (espero-te no wordpress... o Crítica espera por ti)