sábado, 20 de setembro de 2008

Vivendo;

Comecei a escrever pois já não aguentava mais o vislumbre do papel branco (sim, ainda destruo as florestas em prol do simples prazer de deslizar o grafite sobre a folha alvíssima), talvez porque ele me lembrasse de que tenho coisas a fazer. E tenho. Tenho muitos papéis para preencher com minha letra redonda. Papéis até demais. Tantos que chego a me perguntar se conseguirei, mas sempre me dou conta de que ninguém consegue. Ninguém escreve em todas as folhas porque simplesmente não sabem o que escrever em algumas, travam, ficam presos ao que já escreveram e até mesmo ao que iam escrever, mas perceberam que teriam de continuar por muito mais capítulos até chegar lá, e sabem que a mão cansa. É por isso que pulam essas folhas de conteúdo duvidoso e as deixam em branco, e lá elas ficam, buracos de incompreensão deixados no meio da história. Alguns conseguem retornar àqueles pontos e preenchê-los, enchendo sua história de um significado maior. Outros acabam a história de modo confuso, cheia de idéias incompletas. Mas todos, sem excessão, acabam.

Depois dessa acho que já posso começar a escrever um livro de auto-ajuda.

obs.: sim, eu odeio livros de auto-ajuda.

Um comentário:

Luke disse...

"Obs : sim, eu odeio livros de auto-ajuda."
viva a hipocrisia [?]
sensacional =P
filosofia de vida legal hein ruiva x]
temos filosofias parecidas o-o'
\o
;*