sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cabeceira;

(continuando)

Estendeu o braço em direção à cabeceira da cama para apanhar um pente, se deixasse como estava o cabelo acabaria por formar nós permanentes. Ao retirar o objeto do local percebeu um arranhão familiar, o pequeno coração que haviam feito juntos muito tempo atrás. Debruçou-se sobre o desenho entalhado na madeira com faca. Afastou-se imaginando como iria aquilo dali. Porque não havia escutado-o? Se tivessem desenhado o coração com corretivo para canetas seria fácil fazê-lo sumir, agora, porém, aquela marca ficaria ali até que se trocasse o móvel.

(continua...)

Nenhum comentário: